Júri condena policial que matou George Floyd
- Thiago Farias
- 21 de abr. de 2021
- 2 min de leitura
Após 10 horas de deliberações, um júri em Minneapolis, nos Estados Unidos, apresentou seu veredicto no final da tarde desta terça-feira (20/4), no julgamento de Derek Chauvin, o policial branco que matou George Floyd, um homem negro, em maio de 2020. O júri considerou Chauvin culpado das três acusações que foram apresentadas contra ele pelos promotores.
Chauvin matou Floyd essencialmente por asfixia, ao manter seu joelho sobre o pescoço da vítima por 9 minutos e 29 segundos. O crime teve repercussão internacional, com participantes de protestos repetindo as palavras de Floyd, antes de morrer: "I can't breeze" (não posso respirar).
O ex-policial foi acusado de homicídio de segundo grau (não intencional), homicídio de terceiro grau e homicídio com grau atenuado de culpa (manslaughter). Ele saiu do tribunal algemado, de onde foi levado para a prisão, onde aguardará a sentença.
O juiz irá proferir a sentença em oito semanas. Nos EUA, há esse espaço entre o veredicto do júri e o proferimento a sentença, porque acusação e defesa têm de se pronunciar por escrito e verbalmente, em audiências, sobre a fixação das penas, considerando fatores atenuantes e agravantes.
Só é possível fazer previsões. Pelo crime de homicídio de segundo grau, a pena máxima é de 40 anos. E para homicídio de terceiro grau, a pena máxima de 25 anos. Mas as diretrizes de sentenças de Minnesota, para réus sem antecedentes criminais (o fator atenuante), preveem a pena de 12,5 anos de prisão para cada uma das duas condenações por homicídio. Para a pena de manslaughter, a sentença previsível é de quatro anos de prisão e/ou multa de US$ 20 mil.
Nesse caso, a pena total poderá ser de 29 anos de prisão. Mas há fatores agravantes no caso: Floyd era particularmente vulnerável; Chauvin era um policial em uniforme, atuando na posição e autoridade; e o crime alegado foi testemunhado por menores de idade, incluindo uma menina de 9 anos (que testemunhou no julgamento).
Em Minnesota, réus condenados à prisão cumprem dois terços da pena, antes de serem considerados aptos à liberdade condicional.
Fonte: Conjur.
Comments