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Maior franquedora da Pizza Hut nos Estados Unidos pede recuperação judicial

  • Foto do escritor: Thiago Farias
    Thiago Farias
  • 3 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

A empresa NPC International, maior franqueadora da Pizza Hut nos Estados Unidos, entrou com pedido de recuperação judicial na última quarta-feira (1). A empresa tenta renegociar dívidas de US$ 903 milhões.


Dona de 1,2 mil lojas da pizzaria e 385 da rede Wendy's, a empresa tenta recuperar as contas por meio do Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos. O trecho se assemelha aos processos de recuperação judicial no Brasil, e prevê que a empresa continue operando enquanto cria um plano de solução aos problemas operacionais (turnaround).


Com o início da pandemia do novo coronavírus e o isolamento necessário para combater o vírus, franquias tradicionais dos Estados Unidos passaram por pedidos de rj (recuperação judicial) nos últimos meses, casos da Chuck E. Cheese e Le Pain Quotidien. A Pizza Hut sofreu impacto mais brando por conta do mercado de delivery.


Ainda assim, o balanço do primeiro trimestre de 2020 da Yum! Brands, controladora da pizzaria, mostra queda de 21% do lucro operacional da rede Pizza Hut em comparação com mesmo período de 2019. A situação da franqueadora que carregava dívidas se agravou.


"Enquanto a NPC trabalha neste processo de recuperação, nós daremos suporte para transformar a organização com níveis de dívida menores e mais sustentáveis, excelência operacional e maior investimento na estrutura dos restaurantes", disseram representantes da Pizza Hut à Bloomberg.


A NPC International tem quase 40 mil funcionários em 27 Estados norte-americanos. O primeiro restaurante da Pizza Hut aberto pela firma data de 1962.


Como maior dona de lojas da marca nos Estados Unidos, a NPC é fundamental para a atuação da Pizza Hut em seu principal mercado. Segundo balando da Yum! Brands, o país representa 42% das operações.


Lei de Falências

O Capítulo 11 da lei de falências americana (Bankrutpcty Code) permite a uma empresa com dificuldades financeiras continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com seus credores.


A legislação americana define "bankruptcy" como "procedimento legal para lidar com problemas de dívidas de indivíduos e empresas". A proteção do Capítulo 11 pode ser requerida seja pela empresa em dificuldades, seja por um de seus credores. Este procedimento significa uma vontade de reestruturação da companhia, sob o controle de um tribunal.


O Capítulo 11 permite ao devedor manter todos seus ativos, se opor às demandas de seus credores, adiar os prazos de seus pagamentos e até reduzir unilateralmente sua dívida. Em contrapartida, obriga a empresa que se coloca sob sua proteção a dar ao juiz das falências informações detalhadas sobre o andamento das transações sobre seus credores.


Se as transações transcorrem bem, a empresa consegue do juiz e dos credores um plano de reorganização dentro de um prazo de até vários meses. Trata-se de um contrato que estipula a forma como a companhia vai pagar suas dívidas e de onde virá o dinheiro que servirá para este fim.

No Brasil

No Brasil, a Pizza Hut é controlada pela IMC (International Meal Company), dona das redes KFC, Viena e Frango Assado. A empresa demitiu, recentemente, 30% de seus funcionários para reduzir custos e preservar caixa durante a pandemia.


A receita líquida para o primeiro trimestre havia sido de R$ 366,6 milhões, alta de 1,1% sobre o registrado um ano antes. Mas antes da pior fase da crise, a empresa teve prejuízo operacional no trimestre de janeiro a março de R$ 35,7 milhões.


Fonte: G1

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